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SURFACE DESIGN by DBStudio

dezembro 03, 2010

Ecletismo, Novidade Secular

  • Se você é daqueles/as que carrega no Ipod um set eclético, e tem no guarda-roupa um acervo idem, por favor, ao menos evite restaurantes ecléticos, porque quem faz tudo dificilmente faz tudo bem feito.
  • O ecletismo é isso: uma mistura sensacional ou, um show de bizarrices. E não é novidade.
  • O estilo eclético surge na virada do século XIX ao XX, contemporaneamente à arquitetura historicista, berço dos "neos" (clássico, gótico, romântico, etc.).
  • Nas palavras de Cesar Denis Day, teórico da época:

"(o ecletismo) Não é uma cópia, é uso livre do passado."

V.Westwood (2011)

  • Tanta criatividade a serviço do passado não passou incólume aos olhos da crítica.
  • O ecletismo - consequências das evoluções tecnológicas advindas da Revolução Industrial - caracterizou-se pela simetria, grandiosidade, hierarquização de espaços e riqueza decorativa. E também pela faustosidade e pluralismo.
  • Foi (e deixou de ser, de certo modo, às vezes) descrito como uma combinação de diferentes estilos históricos, sem caracterizar ou produzir um novo estilo.
  • Mas, não é menos ou mais ou exatamente isso o que fazemos hoje em dia : uma seleção e combinação do crème de la crème do que a "moda" ou as "tendências" se nos apresentam para criar um "look único"?
  • Hoje, perseguimos, e aplaudimos, "releituras, vintage, hi-low, revivals e DIY"...

S.Miller

  • No século XIX (época da Restauração Francesa, quando o Napoleão III - sobrinho de Napoleão - proclama-se Imperador da França, e sua mulher - a Imperatriz Eugênia - é a "celebridade" que alça à fama Charles F. Worth, o "pai da Alta Costura"), discutia-se e legitimidade da arquitetura eclética, uma resposta à hegemonia do estilo greco-romano.

Havia um sincretismo consciente ou mera...
Falta de originalidade?

Exemplos de edificações ecléticas:

  • Na França, a Ópera de Paris e o Grand Palais;

  • No Brasil, a "Beaux Arts" está presente no Museu Nacional de Belas Artes e no Teatro Municipal (RJ); no Museu do Ipiranga e nas fazendas dos Barões do Café (SP); Teatro Amazonas (AM); em Portugal, edifícíos na Avenida dos Aliados, no Porto; na Alemanha, o Palácio de Reichstag.
  • Em resumo: esta "ópera rock" (afinal, trata-se de um mix de estilos) acontece em meio à ascenção dos "nouveau riche" (a burguesia sem "tradição") em direção à massificação do consumo oriunda dos adventos tecnológicos e do aflorescer do Novo Mundo (à época, as Américas, hoje, os BRICs e Dubai).
  • Depois desse "post tratado", absolutamente "fora de moda" (mas a história - aliás, um extrato dela - não caberia em 140 caracteres), ainda resta uma pergunta em aberto:
  • Muda o mundo ou, "o projeto humano" está fadado ao eterno retorno (Nietzsche)?

Info: Wikipedia, Itaú Cultural e aulas (adoro!) do professor Alexandre Nunes.

Imagens: Flirck, Google