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SURFACE DESIGN by DBStudio

março 26, 2012

Tatyana - Arte em Movimento

Hoje, assisti a Tatyana (balé de Debora Colker, no Rio de Janeiro, em temporada popular *).

Achei o espetáculo de  balé contemporâneo inspirado na obra do russo Aleksandr Púchkin espetacular!

Pontualmente, o que se destaca em relação à contemporaneidade é o fato de a peça ser multifacetada: background clássico (sem a devida formação, o candidato ao elenco "dança", pois não vai conseguir dançar)e talento para acrobacias; energia incessante (vigor e explosão: vários momentos requerem fuerza bruta!); cenário dinâmico (da árvore móbile - 1º ato, símbolo do campo - às luzes que marcam a passagem à "moderna" vida urbana); iluminação cênica que, com luz e sombra, constroi camadas/ planos/perspectiva (ato 2, que se passa 3 anos mais tarde) impressionantemente reais.



O "shape" dos figurinos (Fabia Bercsek)  são atuais, coloridos (foco nas fitas das sapatilhas das bailarinas) ou dark black (pro vilão e pro narrador, este último representado por Debora). Aliás, são os únicos 2 que tem cabelo propositalmente não preto, confundindo, à certa altura, os espectadores (quem é quem?).



Colker inclui no currículo aplaudível o reconhecimento internacional: é diretora de Ovo, espetáculo da cia. Cirque du Soleil. Seu cenógrafo "de sempre" é Gringo Cardia ("Stage, Design, Dance").
Para ler a sinopse da peça (antes de comprar ingressos, é sempre bom conhecer um pouquinho do enredo), um clássico da literatura russa, link-se.

* Sessão Pop: "Reclamo, logo, existo:

1. alguém levou uma criança de colo (faixa etária recomendada: 10 anos) : 20 minutos depois, obviamente a petit criatura berrava de tédio e o tardiamente cônscio responsável levantou-se (e com ele a fila e as filas atrás) e partiu. Uhu!
2. ao meu lado, um "desinteressado" (figura típica em temporadas "pop"), mandava, enquanto o show rolava, várias mensagens via celular: luz de celular é como lanterna na "cara". E na minha cara! Passei 50% do tempo tapando com a palma da mão a luz inconveniente que emanava do aparelho do rapaz (enquanto, perjurava o infeliz (well, a infeliz ali, era eu, ele "tava nem aííííí).
3. na fila atrás, mais uma stressed-deslocada espectadora, incessantemente, abria o coração: "música assim (Rachmaninov, Tchaikovsky, Stravinsky e Prokofiev) me irrita!"

Conclusão: se quiser pagar pouco (mesmo pagando mais, quem se livra da falta de protocolos ético-internéticos ou da tal "espontaneidade" (= falta de educação) made in Brazil?), link-se: Teatro João Caetano (Centro/RJ)