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junho 10, 2012

Romantismo

Blind Nude Mouthpiece, Ana Rajcevic
A menos de 48 horas do "dia dos namorados" por aqui, o romance está no ar!
E o consumo também, para felicidade dos lojistas.
Tem gente que acha por bem falar um sincero, ou apenas gentil, "não precisava".
Eu digo "obrigada"!
Porque adoro presentinho - pode ser uma folhinha que desabou de uma árvore (ganhei do meu sobriinho uma joia dessa! Coisa mais fofa, "valeu, Pê!") - presente e presentão. Fico encantada!
E adoro dar presente... Passo horas imaginando se a pessoa vai aprovar minha escolha. Capricho, mas... O último presente errado foi um vaso - achei belíssimo - que minha mãe, gentilmente... devolveu. Show: agora, ao invés do vasinho estar lá incomodando, está aqui enfeitando ; > )
O "cara metade" então, tadinho: no último aniversário, ganhou um tênis, um cinto e uma luminária que "agradaram tanto" que... estão na caixa até hoje... Buá ; > )
Erro, mas não desisto: no dia dos namorados, meu "docinho" vai ganhar uma caixa de som para Ipod: quem sabe, desta vez, faço um gol! E de placa ; > )

Tracey Emin
Namorados: caminhando de mãos dadas, dando risinhos, quantos abracinhos... e várias discussões.
"É o amorrrrrrrrrrrrr..." ou a paixão que nos deixa abobalhados, desnorteados, dançando feliz na chuva em pleno inverno polar? O amor faz milagres, move montanhas ou não?
Alguns, ficam desesperados, quando ele acaba à revelia. Em nome do amor, cometem loucuras! Tem gente que perde a fome, outros comem demais. Há quem perca o sono. E gente que perde a razão: o "top 10" musical, na voz de Adele, confirma o tamanho da insanidade (infinita, enquanto dura): "...deixa pra lá, eu vou encontrar alguém como você...". E gente que, movida a infinita insanidade, "larga o osso" jamais (frase preferida: "o meu ex..."; chama a Valdirene: "Hello!" ; >)

DCW


Mas Romantismo não é bem isso (ou será que é?): também chamado Romanticismo, foi um movimento surgido no final do século XVIII. Na contramão do Iluminismo (razão) o Zeitgeist (= inconsciente coletivo) desse tempo encontrava-se embebido em drama, tragédia, utopia, escapismo e nacionalismo.
Na moda, mulheres pálidas com cinturas mínimas (algumas costelas foram literalmente serradas), quadris avantajados (estava na moda a "crinolina" que, graças à tecnologia, era flexível, logo confortável), desmaios (quantos à base de vinagre). O acessório em voga era o chapéu "boneca" que as protegia tanto do sol quanto dos olhares alheios.
Chapéu de aba

Amelia Bloomer, até que tentou implantar um "traje racional" (bata sobre calças largas), mas o "new look" foi considerado ultrajante!
Punch ("fiel representante da classe média no séc. XIX"), em charge da época, publicou:

"Como o marido, a mulher será
Um vestido ele terá de usar,
Se não fizer, rapidamente, a esposa seu Bloomer tirar."

Bloomers
De fato, a característica maior do romantismo é o idealismo exótico.
Na literatura (da Escócia ao Brasil, o movimento é globalizado), sagas de cavaleiros e donzelas; um herói quixotesco que guerreava contra "gigantes" (na realidade, apenas moinhos de vento); e uma terra que "tem palmeiras onde canta o sabiá, as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá" (Canção do Exílio - Gonçalves Dias).


Romântico... Exacerbado. Exagerado!

PS: os versos de Dias, poeta romântico português, inspiraram os compositores (modernistas) do Hino Nacional ("nossos bosques têm mais vida, nossa vida, mais amores...").

Fontes: A Roupa e a Moda (James Laver); Enciclopédia da Moda (Georgina O'Hara Callan); Wikipedia.